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Posts Tagged ‘ruínas’

  • Preparativos para o segundo passeio

        Era 07h00 da manhã quando a recepção do hotel nos acordou, a nosso pedido. Estava muito frio! Nos arrumamos e fomos tomar o café da manhã. O passeio seria super puxado, ficaríamos o dia todo fora, sendo assim, tomamos bem cedo chá de coca com pílulas de sorojchi.

        Nós levamos uma pequena garrafa térmica com água quente e folhas de coca. Aconselhamos, pois foi muito útil para nós durante o passeio. Levamos pílulas contra o mal da altura também, são tomadas a cada 6hs.

        Saímos bem agasalhadas, porém com blusinha com manga curta por baixo de toda roupa quente, boné e protetores. Pela manhã, o frio dura até umas 11h30, depois o sol começa a cozinhar! Quando chega umas 17h00, começa um vento gelado e é só o tempo do sol se pôr para começar o frio cruel.

        As 08h00 nosso guia estava no hotel para nos buscar. Era o Sr. Aurelio, uma pessoa super simpática e orgulhosa da sua descendência.

*Nota interessante: Compramos o Boleto Turístico de Cuzco, no valor de S./ 126,00. Ele da acesso a vários pontos turísticos da cidade, incluindo as ruínas do Vale Sagrado. Pode ser comprado em qualquer ponto turístico ou em agencias na cidade. Ele tem validade de 10 dias.

  • Cristo Blanco

        Saímos do hotel com uma carga histórica grande. O Sr. Aurelio começava a nos explicar a história do lugar antes de chegarmos e no próprio local ele finalizava.

        Nossa primeira parada foi para visitar o Cristo Blanco, que fica em um ponto bem alto da cidade. Da Plaza de Armas se vê nitidamente é bem iluminado a noite.

 

        O Cristo Blanco foi doado a Cuzco por uma colônia árabe palestina. Do alto, uma panorâmica incrível da cidade de Cuzco, aos monumentos de Pachacuteq e Saqsayhuamán.

  • Saqsayhuamán

        A fortaleza de Saqsayhumán é uma obra inexplicável. É espantoso ver aquilo e criar várias teorias para sua origem, como as gigantescas pedras foram transportadas até lá e como foram encaixadas perfeitamente, é uma das perguntas mais pertinentes. Possuem cortes e encaixes perfeitos. Não passa uma folha entre as pedras, é praticamente um quebra-cabeça gigante.

       Nosso guia nos explicou algumas teorias sobre os cortes das pedras, mas foram as piores que ouvimos até agora. Uma delas é sobew um erva e uma madeira que dilatavam as pedras e possibilitavam os incas a fazerem os cortes, hoje inexplicáveis. Não foi a melhor explicação, mas até ele não acredita nisso, como guia, teve que comentar.

        Hoje  resta  praticamente 20% do que foi uma grande fortaleza militar. Os outros 80% foram destruídos pelos espanhóis para construções de cidades.

        No dia 24 de Junho, bem no solstício de inverno, é comemorado o Inti Raymi. Um festival dedicado ao Deus Sol. É um festival que reúne um número ainda maior de turistas na cidade de Cuzco. Os moradores que cultivam a tradição se vestem com roupas típicas para o grande culto ao Inti (deus Sol).

  •  Qenqo

        Nossa próxima visita foi a Qenqo, conhecido como a Casa do Puma Solar. É um local onde se realizava vários rituais de oferenda e estudos científicos.  Haviam covas entre as pedras e  realizavam ali vários tipos de cerimônias.

        Segundo nosso guia, a pedra que se encontra na frente da caverna tinha o formato de um puma, mas foi deteriorada com o tempo. É o símbolo de Qenqo.

        Na caverna há duas grandes “mesas” de pedra onde preparavam as oferendas..

  •  Pukapukara

        Saímos de Qenqo e seguimos para as ruínas de Pukapukara. Segundo nosso guia, o forte foi construído com o propósito de guardar o Templo de Tambomachay.

        Pukapukara significa “Forte Vermelho”. Conforme os raios do sol chegam a ruína, as pedras ficam com o um tom avermelhado, daí surgiu o nome. A construção foi realmente estratégica, do alto se tem uma visão perfeita de todos os lados, evitando assim qualquer ataque inimigo.

 

  • Tambomachay

        Saindo do Forte Vermelho, seguimos em direção a Tambomachay, conhecido também como o Templo da Água, lugar de descanso dos Incas.

         Há vários aquedutos e fontes criadas pelos incas, além de um rio que corre bem ao lado do templo. Realmente se pode descansar muito bem por lá. (rs)

        O Sr. Aurelio nos garantiu que a água do templo era pura e realmente lemos algo sobre isso, mas não arriscamos prová-la.

  •  Pisac

        Foi o primeiro lugar do Vale Sagrado que visitamos. Ao chegar em Pisac, você se depara com paisagens incríveis.

        Em Pisac conhecemos somente o famoso mercado de artesanatos, que fica na Plaza de Armas da cidade. São vários tecidos com cores vibrantes e encantadoras.

        Infelizmente não conhecemos as ruínas do lugar. Nosso guia nos disse que sairíamos muito do nosso percurso, então seguimos viagem.

        Antes de chegar ao nosso próximo destino, paramos em um “ateliê” que ficava no caminho. Lá conhecemos o método de coloração vegetal das lãs de alpacas.

        As cholas utilizam plantas para colorir os tecidos e nenhum produto químico. Cada planta corresponde a uma cor. Elas colorem as lãs e confeccionam tapetes, roupas entre outras coisas no mesmo local.

        As estradas ainda estavam em reformas, por causa da forte chuva devastou o Vale Sagrado no começo do ano. Mas nada que atrapalhe a passagem de veículos pelo local.

  •  Parada para um almoço duvidoso em Urubamba 

*Nota: Antes de fechar um pacote de turístico com guia, questione bem o que está incluso no pacote, saberão o porquê mais abaixo.

         Antes de seguir viagem, paramos para almoçar na cidade de Urubamaba. O restaurante foi escolhido pelo nosso guia, até mesmo porque ele conhece o local.

        A comida era maravilhosa e comemos muito! Pois estávamos a quatro dias comendo frango e batatas, não aguentávamos mais! Quando vimos arroz entre outras opções, não pensamos duas vezes.

        Havia uma mesa com muita opção, dentre elas carne de alpacas. Havíamos prometido não comer a carne desse bichinho lindo, mas comemos. O pior de tudo foi que gostamos e repetimos. A carne é super macia e saborosa, enfim, as alpacas que nos perdoem!

        Eles nos serviram também uma dose de pisco batido com suco de limão, clara de ovo e canela salpicada por cima. Muito bom!

        Comemos, bebemos, ouvimos músicas típicas e pedimos a conta para ir embora. O garçom apareceu e perguntou se era para cobrar tudo junto. Mais rápido do que qualquer coisa, nosso guia largou um “Siii”! Pensei: vamos ter que pagar o almoço do nosso guia? Era S./ 35,00 por pessoa para comer lá!

        Além de tudo, a conta chegou e ele sumiu da mesa para o banheiro. Minha dedução estava correta, porém não aceitamos pagar a conta. Não fomos avisadas pela Sra. Francisca que tínhamos que alimentar o guia! Conversamos com ele sobre isso, de uma forma gentil e ele nos entendeu, porém o dono do restaurante ouviu e disse que ele não precisava pagar a conta.

        Não me recordo se ouvimos falar sobre ou se nos contaram que os guias têm acordo com donos de restaurantes e ganham um percentual em cima de cada turista que levam! Depois desse episódio, não tenha dúvida de que é verdade.

  • Ollantaytambo

        Conhecemos vários lugares maravilhosos no Peru, mas um nos deixou perplexas pela sua beleza e conservação: Ollantaytambo.

        É uma arquitetura perfeita, uma cidade inacreditável. Ela foi construída com propósitos militares e  segundo a literatura Quechua, abrigava o general Ollanta, braço direito de Pachacuteq. Daí surgiu o nome da cidade Ollantaytambo.

     

   Nosso guia nos contou o drama da seguinte forma: o general Ollanta se apaixonou pela filha de Pachacuteq, mas o Inca não aceitou o romance e acabou banindo Ollanta de seu exercito. Ele foi para o grande forte com seu exercito e levou a filha de Pachacuteq, que decidiu fugir para ficar com ele.

         Pachacuteq não gostou da idéia e mandou matar Ollanta. Ele conseguiu realizar seu propósito, porém sua filha ao saber que Ollanta estava morto, se matou. Pachacuteq ficou sem seu melhor guerreiro e sua filha.

        Enquanto pesquisava sobre o livro, li outro final: que o exercito vai atrás de Ollanta para condená-lo, mas quando ele chega Qosqo  Pachcuteq estava morto. O Filho mais velho de Pachacuteq, que assume o trono inca da permissão ao matrimonio do general e sua irmã Kusi  Qoyllur. Eles tiveram uma filha com o nome de Ima Sumaq.

        Não sei qual dos finais é o verdadeiro, mas pode ser lido no livro “O drama de Ollanta”. Confesso que procurei como louca e não encontrei ainda. (rs)

        Outra imagem impressionante é a cabeça do deus Tunupa esculpida nas montanhas que ficam a frente da grande cidade.

        Infelizmente não tivemos o tempo suficiente para conhecer o local como deveríamos. O Sr. Arélio nos deu 20 minutos e nada mais para isso, pois tínhamos mais lugares para visitar e um bem distante do outro.

  •  Moray

         Antes de chegarmos em Ollantaytambo, olhamos bem as fotos no Boleto Turístico e perguntamos ao Sr. Aurelio se visitaríamos todos os lugares de lá. Ele disse que não porque alguns lugares eram totalmente fora de mão e que nosso pacote não cobria a visita, mas dava para ir até Moray se quiséssemos. Pagamos US$ 20,00 a mais e fomos. Foi a melhor escolha coisa que fizemos!

        Mory é incrível. Há muito tempo acreditavam que era um local de plantio, mas especialistas da Nasa visitaram o lugar e confirmaram que era um centro de pesquisas astronômicas.

        Nosso guia que os levou até Moray para visita. Ele nos contou que os astrônomos se emocionaram ao ver o grandioso conhecimento científico dos incas. Os círculos tem a forma de útero, pois eles acreditavam que a sabedoria nascia da mãe Terra. Até agora o que se sabe é que os círculos representam as fazes lunares, mas ainda tem muito que estudar sobre o lugar. 

    É longe, mas não deixem de visitar, é surpreendente.

  •  Chinchero

        Chegamos em Chinchero já era quase 17h00, fazia muito frio. Visitamos as ruínas, com uma paisagem linda das montanhas que cercam a cidade.

Chinchero

        As pedras das ruínas de Chinchero lembram as pedras de Pukapukara, um pouco avermelhadas.

 

        Próxima a catedral católica, há uma feira de artesanato é impressionante como é colorida!

        Andamos pela cidade e quase nos perdemos, podem acreditar!  Nossa visita a Chincero foi rápida porque em Cuzco o sol se põem as 17h30 e já estava escurecendo e gelando cada vez mais.

        Encerramos ali a nossa aventura pelo Vale Sagrado. Um lugar deslumbrante pela sua própria natureza, retratando belas arquiteturas incas.

        Um povo eternamente típico, que honra suas raízes. Cultivam seus conhecimentos,  herança rica de seus antepassados, para que a nova geração do povoado permaneça como sempre.

  •  Pedra dos 12 ângulos – Cuzco a noite

        O Sr. Aurelio nos deixou, já noite, na Plaza de Armas. Aproveitamos para conhecer a famosa pedra dos 12 ângulos, mais um dos marcos geométricos dos incas. Fica no Calle Hatunrumiyoc e faz parte do muro do palácio que leva o mesmo nome.

        Aproveitamos a noite para dar uma volta pelo centro histórico, fizemos mais câmbio, na Money Exchenge que tem em frente a Plaza de Armas e fomos comer alguma coisa.

        Depois de fotos e mais fotos, voltamos para o Hotel. No dia seguinte estava marcada a visita a Machu Picchu e nossa saída para estação de trem estava marcada para as 05:10 da manhã.

       E frio… muito frio…

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